Ano XXI nº 244 -

 

Gustavo Bertholdo é especialista em Dentística e Implantodontia, mestre em Prótese Dentária, doutorando em Materiais Dentários e professor universitário do Univag.

Edição 244 - 08/02/2018

Espaço Instituto Pedro Martinelli

OPINIÃO

Gustavo Bertholdo

 

O impacto de um sorriso

Na convivência, a primeira área a chamar atenção são
os olhos, em seguida, a boca

 

O sorriso movimenta pelo menos 30 músculos do rosto e muito antes do surgimento dos primeiros códigos de linguagem verbal e escrita já era utilizado para a comunicação entre seres humano.

Muitos estudos são realizados sobre este simples gesto facial que representa muito sobre uma pessoa. Como exemplo, você sabe que um sorriso aumenta as chances de se conseguir um emprego.

Recentemente, uma pesquisa realizada pela Faculdade Estadual do Sudoeste da Bahia e publicada no American Journal of Orthodontics & Dentofacial Orthopedics revelou que pessoas com dentes bem tratados e alinhados têm 67% mais chances na hora da contratação.

Tudo isso porque acabam tendo um sorriso mais espontâneo, demonstrando mais autoconfiança, sociabilidade e felicidade.

Na convivência, a primeira área a chamar a atenção são os olhos, em seguida, a boca. Por isso, o impacto de uma boca saudável, com dentes bonitos, agrada tanto nas relações pessoais e como nas de trabalho. Além da saúde bucal, outros quesitos contam para a beleza do sorriso. Ao sorrir, o contorno do sorriso deve acompanhar a curvatura do lábio inferior e a proporção dos dentes, algo que é possível corrigir com tratamentos estéticos.

Como profissional da saúde, confesso que tive um problema grave em um de meus dentes na adolescência: meu incisivo central - dente da frente - não “nasceu”.

Dos 13 aos 17 anos, eu usava um aparelho fixo com o dente provisório colado nesse aparelho, porém esse provisório não era bonito, e todos percebiam que existia algo diferente no meu dente.

Nesta fase de grandes descobertas, eu tinha muita vergonha de sorrir e interagir com as pessoas, colocava a mão sobre a boca para que não aparecessem meus dentes ou forçava os lábios para não mostrá-lo.

Também evitava demonstrar reações, e é claro que as pessoas percebiam, o que me entristecia muito.

Passada esta fase, ainda durante o tratamento ortodôntico, meu dente se encaixou na posição correta.

Coincidentemente a este fato, decidi estudar Odontologia e, hoje, quando chegam pacientes em meu consultório com um problema parecido ao que enfrentei, recordo a minha adolescência, com as mesmas frustrações e tristeza, por não poder dar um sorriso sincero e espontâneo.

A diferença é que sabemos que há solução para isso.

É comum associar sorriso perfeito a poder econômico e status, afinal, o Brasil é um país com inúmeras carências, principalmente de direitos básicos, como educação e saúde. Mesmo com os inúmeros avanços tecnológicos e o acesso à informação, 11% da população ou 16 milhões de pessoas não tem nenhum dente, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) feita pelo IBGE, em 2013.

Outros 23% perderam 13 dentes ou mais, e 33% usam algum tipo de prótese dentária.

Mas, ao contrário do que se imagina, hábitos simples de cuidado com a boca, com a alimentação e com os dentes, como uma boa escovação, o uso do fio dental, limpar os dentes após ingerir açúcar e fazer manutenção regular com um especialista, podem mudar essa realidade.

Além da saúde bucal, outros quesitos contam para a beleza do sorriso. Ao sorrir, o contorno do sorriso deve acompanhar a curvatura do lábio inferior e a proporção dos dentes, algo que é possível corrigir com tratamentos estéticos.

Clareamento, fragmento de porcelana, faceta, cirurgia ortognática e aparelhos ortodônticos são alguns dos métodos.

Antoine de Saint-Exupéry (escritor do livro O Pequeno Príncipe) dizia que "No momento em que sorrimos para alguém, descobrimo-lo como pessoa, e a resposta do seu sorriso quer dizer que nós também somos pessoa para ele".

Sorrir e rir são universalmente considerados como sinais indicativos de que a pessoa está feliz. Choramos ao nascer, começamos a sorrir na quinta semana e a rir entre o quarto e o quinto mês.

Os bebês aprendem rapidamente que o choro chama a atenção dos adultos e que o sorriso os conquistam.

 

 

 

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